- Agente etiológico
Entamoeba histolytica (forma
sintomática) / Entamoeba díspar (forma assintomática):
Todas
as espécies do gênero Entamoeba vivem no intestino grosso de humanos ou de
animais. Esse gênero se caracteriza por possuir núcleo esférico ou arredondado e
vesiculoso, com a cromatina periférica formada por pequenos grânulos justapostos
e distribuídos regularmente na parte interna da membrana nuclear, lembrando uma
roda de carroça; o cariossoma é relativamente pequeno, central ou excêntrico. Mamíferos
diversos tais como cães e gatos podem tornar-se infectados mas geralmente não
eliminam os cistos (a forma ambiental de sobrevivência do organismo) em suas
fezes, assim não contribuem significativamente à transmissão. O estágio ativo
(o trofozoíta) existe somente no hospedeiro e em fezes frescas; os cistos
sobrevivem fora do hospedeiro na água, nos solos e em alimentos, nestes
últimos, especialmente em condições de umidade. Quando engolidos causam
infecções por encistamento no trato digestivo.
- Agente Transmissor
É direta, não envolvendo um
vetor.
Hospedeiro
(INTERMEDIÁRIO E DEFINITIVO)
Apresenta apenas hospedeiro definitivo, sem um intermediário.
- Histórico
Nos
tempos remotos as diarreias eram objeto de descrições, sem que se tivesse,
entretanto, conhecimento exato de suas doenças. Entre os chineses há menção de
uma doença resultante da eliminação de fezes com material branco e sangue pelo
reto dos pacientes. Hipócrates, na Grécia, estabelecia que as diarreias eram
epidêmicas no verão, e ocorriam particularmente nas cidades quentes e úmidas.
Evidências de diarreias e sua possível relação com a amebíase são
encontradas também entre os hebreus, desde os tempos bíblicos, quando eram
reconhecidas como doenças disentéricas contagiosas, do mesmo modo que na Índia
e no Peru.
A
história da amebíase documentada teve início há um século, com a descoberta de
Losch, médico clínico de São Petersburgo (hoje Leningrado), na Rússia, em 1875,
da ameba patogênica, reconhecida como Entamoeba histolytica, mas denominada por
ele na época, Amoeba coli. Losh ao examinar as fezes de um paciente com
disenteria, encontrou formas vegetativas de amebas muito ativas, que continham
hemácias fagocitadas. A autópsia revelou intenso processo ulcerativo do
intestino grosso, tendo-se encontrado numerosas amebas patogênicas no material
obtido das úlceras. Logo depois, Losch inoculou algumas dessas formas
vegetativas de amebas, pela boca e pelo reto, em quatro cães. Um dos animais
desenvolveu um quadro de disenteria aguda, tendo a autópsia revelado a presença
das mesmas amebas nas fezes e no pus das ulcerações mucosas.
- Sintomas
Seus
principais sintomas são desconforto abdominal, que pode variar de leve a
moderado, sangue nas fezes, forte diarreia acompanhada de sangue ou mucoide, além
de febre e calafrios.
Nos
casos mais graves, a forma trofozoítica do protozoário pode se espalhar pelo
sistema circulatório e, com isso, afetar o fígado, pulmões ou cérebro. O
diagnóstico breve nestes casos é muitíssimo importante, uma vez que, este quadro
clínico, pode levar o paciente a morte.
- Ciclo Biológico
No ciclo, encontramos uma série de estágios: trofozoíto,
pré-cisto, cisto e metacisto. O ciclo se inicia pela ingestão dos cistos
maduros, junto de alimentos e água contaminados. Passam pelo estômago,
resistindo à ação do suco gástrico, chegam ao final do intestino delgado ou
início do intestino grosso, onde ocorre o desencistamento, com a saída do
metacisto, através de uma pequena fenda na parede cística. Em seguida, o
metacisto sofre sucessivas divisões nucleares e citoplasmáticas, dando origem a
quatro e depois oito trofozoítos, chamados trofozoítos metacísticos. Estes
trofozoítos migram para o intestino grosso onde se colonizam.
Em geral, ficam aderidos à mucosa do intestino, vivendo
como um comensal, alimentando-se de detritos e de bactérias. Sob certas
circunstâncias, ainda não muito bem conhecidas, podem desprender da parede e,
na luz do intestino grosso, principalmente no cólon, sofrer a ação da
desidratação, eliminar substâncias nutritivas presentes no citoplasma,
transformando-se em pré-cistos; em seguida, secretam uma membrana cística e se
transformam em cistos, inicialmente mononucleados. Através de divisões
nucleares sucessivas, se transformam em cistos tetranucleados, que são eliminados
com as fezes normais ou formadas. Geralmente não são encontrados em fezes
liquefeitas ou disenténcas.
-
Epidemiologia
Estima-se
que existam cerca de 480 milhões de pessoas no mundo infectadas com a E.
histolytica, das quais l0% apresentam formas invasoras, isto é, alterações
intestinais ou extra- intestinais. Essa incidência, entretanto, é muito
variável dentro de cada país, independentemente das condições climáticas.
Apesar de a prevalência ser maior nas regiões tropicais e subtropicais, talvez
isto não se deva mais às precárias condições de higiene, educação sanitária e
alimentação dos povos subdesenvolvidos dessas regiões do que propriamente ao
clima (uma vez que nos países de clima frio, com baixas condições higiênicas, a
prevalência também é alta). Quanto à patogenicidade, a E. histolytica também
apresenta um comportamento muito diferente nas várias regiões do globo. AtC o
presente, com base na mobilidade eletroforética de isoenzimas, foram
identificadas em quatro continentes sete zimodemas potencialmente patogênicas.
No Brasil, a amebíase apresenta grande diversidade no número de indivíduos
infectados ou com sintomatologia da doença, variando de região para região. No
Sul e Sudeste do país, a prevalência varia de 2,5% a 11%, na Região Amazônica
atinge até 19%, e nas demais regiões fica em tomo de 10%.
Há,
no entanto, uma variação muito grande da incidência da doença, de acordo com as
condições sanitária e socioeconômica da população, principalmente com relação
às condições de habitação, presença de esgotos e água tratada. Os surtos de
amebíase no Brasil não apresentam a gravidade e intensidade dos verificados no
México, de alguns países da África e da Ásia. Predominam aqui as formas de
colites não-disentéricas e os casos assintomáticos. Na Região Amazônica, a
amebíase difere das outras regiões do país, pois, além de ser mais prevalente,
manifesta-se com mais gravidade. São frequentes as formas disentéricas e os
abscessos hepáticos, que, por sua vez, são raros em outras regiões,
principalmente Sudeste e Sul do país. Em estudos feitos em crianças
hospitalizadas no Instituto de Medicina Tropical em Manaus durante os anos de
1983 a 1986, 1,1% das crianças apresentaram abscessos hepáticos amebianos.
Vemos, portanto, que a epidemiologia da amebíase é muito variável de país para
país.
Entretanto,
alguns aspectos são comuns: transmissão oral através de ingestão de cistos nos
alimentos e água; a E. histolytica é endêmica em todas as áreas de sua
distribuição, não causando epidemias; apesar de poder atingir todas as idades,
é mais frequente nos adultos; algumas profissões são mais atingidas
(trabalhadores de esgoto etc.); coelhos, gatos, cães, porcos e primatas são os
animais sensíveis à E. histolytica. Entre estes, o cão, o porco e algumas
espécies de macacos foram encontrados infectados naturalmente por espécies de
amebas morfologicamente iguais à E. histolytica. Talvez os macacos poderiam
funcionar como fontes de infecção para a amebíase humana. Entretanto, os
"portadores assintomáticos" é que são os principais responsáveis pela
contaminação de alimentos e disseminação de cistos; os cistos permanecem
viáveis (ao abrigo da luz solar e em condições de umidade) durante cerca de 20
dias.
-Transmissão
A
amebíase é transmitida ao homem através do consumo de alimentos ou água
contaminados por fezes com cistos amebianos, falta de higiene domiciliar e,
também, através da manipulação de alimentos por portadores desse protozoário.
Uma
vez dentro do organismo de seu hospedeiro, neste caso, o homem, seu período de
incubação pode variar de dias a anos, contudo, de forma geral, pode-se atribuir
um período comum de duas a quatro semanas.
- Diagnóstico
Clinico
Manifestações
clínicas atribuídas à E. histolytica podem ser edneas devido à grande superposição
de sintomas comuns à várias doenças intestinais. Na maioria dos casos,
principalmente na fase aguda, poderá ser facilmente confundida com a disenteria
bacilar, salrnoneloses, síndrome do cólon irritado e esquistossomose. Devido a
essas dificuldades de diagnóstico, este só deverá ser considerado definitivo
pelo encontro de parasitos nas fezes. Em muitos casos, a retossimoidoscopia com
o exame imediato do material coletado apresenta bons resultados e pode
esclarecer cerca de 85% dos casos.
No
abscesso hepático, além da tríade já descrita, pode-se fazer o diagnóstico
usando-se raios X, cintilografia, ultrassonografia e tomografia
computadorizada. Esses métodos podem, em mais de 95% dos casos, mostrar
claramente a localização, o número e a evolução do abscesso. A associação do
abscesso hepático amebiano com a amebíase intestinal, para um possível
diagnóstico, nem sempre é correspondida, pois somente 9% dos pacientes com
abscesso hepático arnebiano têm retocolites com amebas nas fezes.
Laboratorial
Usualmente
é feito com fezes, soros e exsudatos. Embora o exame de fezes seja cansativo,
consuma muito tempo na sua execução e dependa da competência do microscopista,
é, sem dúvida, o mais usado. Tem como objetivo identificar trofozoítos ou
cistos. A coleta e o condicionamento das fezes são muito importante; deve ser
coletada sem urina e sem contaminação com outros materiais e nunca após contato
com o solo, pois pode haver contaminação com amebas de vida livre. As fezes
podem ser coletadas em conservadores, como Schaudinn, SAF, álcool prolivinílico,
quando estão liquefeitas, ou diarreias e em formo1 a 10%, MIF, SAF, quando são
formadas ou semissólidas.
As
fezes devem ser colocadas no fixador, tão logo sejam emitidas e na proporção de
uma parte de fezes para três de conservador; devem ser bem homogeneizadas, para
que a conservação atinja todo o material coletado. A verificação do aspecto e
da consistência das fezes é muito importante, principalmente se ela é
disentérica e contém muco e sangue. A utilização de fezes liquefeitas após o
uso de purgativos (fezes purgadas) é frequente e, em muitos casos, aumenta a
positividade dos exames. Nas fezes purgadas, o diagnóstico diferencial entre os
trofozoítos é um pouco dificultado, pois muitas vezes a cromatina e o cariossoma
ficam mais grosseiros. O exame direto das fezes sem conservador é muito
importante na distinção entre a disenteria amebiana e a bacilar. Nesta última,
o número de evacuações é sempre maior, com tenesmo intenso e grande número de
piócitos e hemácias intactas. Isto normalmente não ocorre na disenteria
amebiana.
O
exame a fresco das fezes deve ser feito tão logo ela seja emitida, no máximo 20
a 30 minutos após, pois tem como objetivo o encontro dos trofozoítos. O
diagnóstico diferencial baseia-se principalmente no movimento, na diferenciação
citoplasmática e na presença de hemácias. O exame direto deve ter apenas um valor
de orientação ou triagem, à exceção dos casos em que são encontrados
trofozoítos com ativa movimentação direcional e hemácias fagocitadas, em que o diagnóstico
de disenteria amebiana pode ser feito com total segurança. Quando o exame
direto não puder ser feito rapidamente, as fezes devem ser coletadas e
colocadas nos fixadores. O Schaudinn é muito eficiente, porém muito tóxico e
perigoso; só deve ser usado quando as fezes forem coletadas no hospital ou
laboratório para evitar acidentes. Fezes Formadas: Nas fezes formadas ou
normais, o diagnóstico laboratorial é feito através do encontro dos cistos,
utilizando-se técnicas de concentração. São muitas as técnicas de concentração;
estão baseadas em dois princípios: 1) flutuação em solução de alta densidade,
como a solução de sulfato de zinco a 33% e densidade 1.180. Esta técnica é
usada no método de Faust e cols.; 2) centrifugação em éter: métodos de MIF e
formol-éter. Além dessas técnicas, pode-se usar também o exame direto em que as
fezes são diluídas com salina e coradas com lugol ou pelos métodos de
sedimentação espontânea em água (método de Lutz, Hoffmam, Pons e Janer).
Os
métodos de MIF, formol-éter ou Faust apresentam resultados muito semelhantes e
detectam de 80% a 90% dos cistos. O método de Faust é mais difícil de ser
feito, razão pela qual preferimos os métodos de MIF ou formol-éter.
Recomenda-se sempre fazer o exame direto como triagem, seguido do MIF,
formol-éter ou Faust. Se necessário, faz-se coloração pela hematoxinina
férrica. A utilização de substâncias como tetraciclinas, hidróxido de magnésio,
óleos minerais, antidiarreicos (como caulim ou bismuto) e contraste radiológico
(sulfato de bário) podem falsear ou dificultar os exames. Em vista disso,
recomenda-se fazer o exame de fezes dez dias após terem sido administradas.
Como
a eliminação dos cistos é intermitente e irregular, aconselha-se coletar as
fezes em dias alternados e colocá-las em conservadores. Um bom método, e muito
utilizado, é coletar as fezes em solução de formol a 1O%, dia sim e dia não,
durante uma semana (as fezes podem ser coletadas no mesmo frasco), tomando-se o
cuidado de homogeneizá-las sempre que o material for adicionado ao conservador.
O exame poderá ser feito após o término da coleta. Outra alternativa é coletar
e examinar o material em dias alternados. Esses procedimentos podem
diagnosticar mais de 80% a 90% das infecções. A distinção entre a E. hartmanni
é feita pela medida do cisto ou trofozoíto através de uma ocular micrométrica.
- Tratamento
Os
medicamentos utilizados no tratamento da amebíase podem ser divididos em três
grupos:
1) Amebicidas que atuam
diretamente na luz intestinal:
São
os que têm uma ação direta e por contato sobre a E.Histolytica aderidas à
parede ou na luz do intestino. Neste grupo estão relacionados: Derivados da
quinoleína, diiodo-hidroxiquinoleína, iodocloro-hidroxiquinoleína e
cloridroxiquinoleína. Antibióticos: paramomicina e eritromicina. Outros
derivados: furoato de diloxamina, clorobetarnida e clorofenoxarnida. São também
utilizados os medicamentos de síntese, como Falmonox (Teclosan), que são
dicloroacetamídicos usados por via oral na dose de dois comprimidos de 500mg por
dia durante sete dias. O outro medicamento é o Kitnos (Etofamida), apresentado
em comprimidos de 500mg; o tratamento é feito com dois comprimidos por dia
durante cinco a sete dias, atuam sobre os cistos.
2) Amebicidas tissulares:
Atuam
na parede do intestino e no fígado. São compostos de cloridrato de emetina,
cloridrato de diidroemetina e cloroquina, e esta última só atua no fígado. A
emetina e a diidroemetina são usadas por via intramuscular; são muito tóxicas e
só usadas quando os outros medicamentos não derem bons resultados. A emetina é
usada na dose de 1mg/kg de peso por sete dias e a diidroemetina na dose de
1,5mg/kg de peso também por sete dias.
3) Amebicidas que atuam
tanto na luz intestinal como nos tecidos:
Antibióticos
são utilizados isolados ou principalmente em combinações com outros amebicidas:
tetraciclinas e seus derivados, clorotetraciclina e oxitetraciclinas;
eritromicina; espirarnicina e pararnomicina. Derivados imidazólicos: estão
incluídos neste grupo os amebicidas mais efetivos e mais usados: metronidazol
(Flagyl), ornidazol, nitroimidazol e seus derivados, secnidazol e tinidazol.
Estes medicamentos tanto podem ser utilizados por via oral (comprimidos e
suspensões) como injetáveis. O metronidazol é, sem dúvida, um dos amebicidas
mais usados; é muito bem tolerado, sendo hoje praticamente a droga de escolha
para tratamento tanto da amebíase intestinal como hepática, nas doses de 500 a
800mg, três vezes ao dirante durante sete dias. O secnidazol tem sido usado em
dose única de 30mgkg de peso para adultos. No caso de portadores assintomáticos
ou de colites não disentéricas, são indicados os medicamentos de ação direta na
luz intestinal, como o teclosan e etofamida, e, em muitos casos, toma-se
necessário repetir o tratamento; o Flagyl também tem sido utilizado com bons
resultados.
A OMS,
em sua resolução de 1997 do México, não recomenda o tratamento de indivíduos
parasitados pela E. díspar. No entanto, devido à dificuldade de distinção entre
essas duas espécies, muitos clínicos e pesquisadores recomendam o tratamento
com fármacos de ação luminar. Na
amebíase extra-intestinal, principalmente no abscesso hepático, o medicamento
de escolha tem sido o metronidazol com seus compostos em doses de 500 a 800mg,
três vezes ao dia durante cinco a dez dias. Geralmente é utilizado sob a forma
de comprimido; mas nos casos mais graves ou severos, pode ser utilizado por via
injetável. Nos casos que não apresentam bons resultados, aconselha-se
associá-lo à emetina ou diidroemetina e antibióticos.
- Profilaxia
Está
intimamente ligada à engenharia e à educação sanitária. Contudo, mesmo nos
países desenvolvidos, ainda encontramos grande disseminação da E. histolytica,
indicando ser o "portador assintomático" o grande responsável.
Portanto, seria de grande valia o exame frequente dos "manipuladores de
alimentos" para detecção e tratamento de algum possível "portador
assintomático" que estivesse atuando como fonte de infecção. Entretanto,
isto só será conseguido após uma intensa e extensa campanha de educação
sanitária, envolvendo-se todo o pessoal responsável pela área de saúde pública.
Este pessoal terá como função básica a orientação da população em geral, e,
particularmente, das professoras primárias que serão os grandes elementos
divulgadores. Aliás, em todo e qualquer serviço de educação sanitária, a professora
primária tem um papel fundamental na divulgação do saber e na preparação do
espírito da juventude que se forma. Outro fator profilático importante é o
combate às moscas, especialmente M. doméstica e a Chrysomya sp., que frequentam
lixos, dejetos humanos e também alimentos dentro das casas.
Com
finalidade doméstica, é possível evitar a ingestão de cistos viáveis,
procurando lavar bem e tratar todos os alimentos crus. As verduras devem ser
mergulhadas por 15 minutos numa solução de 0,3g de permanganato de potássio
para 10 litros de água ou três gotas de iodo por litro de água. Com esse
procedimento, os cistos morrem. Em seguida, lavam-se as verduras em água
corrente, limpa. A OMS sugere, ainda, como profilaxia para várias doenças, que “em
uma comunidade com pequeno recurso financeiro, todo ele deve ser aplicado em
saneamento básico". A vacina contra E. histolytica tem sido tentada e, em
animais de laboratório, já foram feitos diversos experimentos com relativo
sucesso. As vacinas testadas foram feitas usando-se extratos de ameba, cultura
de amebas monoxênicas (não-patogênicas) e, principalmente, cultura axênica
(atenuada ou inativada) de E. histolytica, intradermicamente.
- Controle e Prevenção
Medidas
relacionadas a saneamento básico, como implantação de sistemas de tratamento de
água e esgoto, e controle de indivíduos que manipulam alimentos, devem ser
levadas em consideração para se reduzir ou, em longo prazo, erradicar a
amebíase. Comportamentos individuais de higiene, como lavar as mãos após ir ao
banheiro, trocar fraldas, brincar com animais e antes de comer ou preparar
alimentos; ingerir unicamente água tratada; higienizar os vegetais antes do
consumo, deixando-os em imersão em ácido acético ou vinagre por cerca de 15
minutos; evitar o contato direto ou indireto com fezes humanas; e isolamento
dos pacientes que lidam com crianças ou alimentos são necessários para evitar
reincididas ou infecção de outras pessoas.
Referências:
Parasitologia Humana - David Neves
Amebíase, disponível em:
http://mccorreia.com/verminose/amebiase.htm
Amebíase, disponível em: http://www.todabiologia.com/doencas/amebiase.htm
Entamoebah, disponível em: http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/Entamoebah.htm
Amebíase disponível em: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/Amebiase.php
Trabalho feito por Gabriel Cavalcante dos Santos
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